O faturamento do mercado brasileiro de produtos orgânicos deve crescer cerca de 30% em 2015, chegando a R$ 2,6 bilhões, apontam estatísticas do Projeto Organics Brasil, parceria da Apex-Brasil [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], com o IPD [Instituto de Promoção do Desenvolvimento].
De acordo com Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil, o segmento vem crescendo, desde 2011 [o primeiro que tem dados oficiais], em torno de 25% a 30% ao ano. “Hoje, os orgânicos representam aproximadamente 1,5% do mercado de alimentos do País.” Na avaliação de Liu, o avanço do segmento se deve a uma maior busca do consumidor por uma alimentação mais saudável, e os orgânicos passam esta imagem.
O executivo destaca que o preço do orgânico nunca será igual – ou seja, será sempre maior – do que o do produto convencional, aquele que usa defensivos agrícolas. “Produzir orgânico custa mais caro mesmo, porque envolve mais processos e um manejo mais sofisticado”, explica. Segundo Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil tem atualmente cerca de 11 mil produtores de orgânicos, devidamente certificados.